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O governo federal está para decidir nos próximos dias a redução de etanol anidro na gasolina.
Atualmente, o litro do derivado de petróleo tem 25% do combustível da cana. A proposta é reduzir esse teto para 20% ou até 18%. A diminuição da mistura é para economizar cana-de-açúcar.
A produtividade da safra vigente está abaixo do esperado, por conta da seca de 2010 e da qualidade da planta.
Projeções da Archer Consulting, especializada em negócios de commodities agrícolas, estimam que a produção da safra de cana na região Centro-Sul ficará em torno de 535 milhões de toneladas, 25 milhões a menos que a previsão feita pelo setor no começo do ciclo.
Segundo a Agência Estado, caso a mistura caia para 18% a economia de anidro pode somar 182 milhões de litros por mês.
Se a mistura for reduzida para 20%, haveria 130 milhões de litros mensalmente economizados.
Em abril, o governo editou Medida Provisória (MP) para regular o mercado e que previa a redução, só que não utilizou o instrumento para aumentar a oferta ou reduzir a demanda do etanol.
A decisão ainda será tomada em reuniões do grupo interministerial que avalia o setor.
A redução da mistura gera preocupações. A primeira é que a sobra da cana seja usada na fabricação de hidratado (para carros flex), o que reduziria o preço nos postos, gerando uma corrida do consumidor.
Caso isso ocorra, poderia gerar escassez na oferta, como ocorreu no começo do ano.
A outra preocupação é que, tendo menos anidro, a gasolina poderia ter o preço reajustado.